Calorosas saudações! Estamos de volta a ativa, e para começar com o pé direito esse momento de renascimento do blog, do começo de um novo ciclo gostaria de apresentar a vocês um novo quadro aqui do nosso site.
O #RepriseIlustrada (nome a ser revisado amanhã na reunião com os bolsistas) aparecerá sempre que tivermos alguma oficina, com fotos do que aconteceu em nosso encontro, além de alguns textos sobre as técnicas abordadas e conceitos trabalhados. Assim mesmo que você não tenha ido, pode conferir um pouquinho da experiência, e você que foi pode sempre visitar o nosso site para revisar o conteúdo dos nossos encontros!
Apresentações a parte, vamos colocar a mão na obra de forma direta e sucinta. A “Oficina de Criação de Personagens” aconteceu no último dia 22 de Abril no Instituto de Cultura e Arte, começando nossa tour de oficinas com casa cheia!
O primeiro ponto abordado foi o desenvolvimento teórico de um personagem. A conversa se inicia com a ambientação, afinal um personagem precisa habitar um lugar, e que lugar pode ser esse? A atmosfera na qual ele se encontra muitas vezes interfere na postura de um personagem, na maneira como ele se veste. Um claro exemplo disso pode ver-se na própria vida real, como a diferença entre morar em determinados bairros de uma mesma cidade podem alterar a maneira de viver de uma pessoa completamente. Para criar um personagem nem sempre é necessário desenvolver todos os pormenores de um universo fictício, apenas referências e pontos chave que irão se destacar na estética da sua criação precisam ser definidas nesse momento.
O segundo passo vem a o desenvolvimento do herói, e aqui começa a gestação do personagem. Antes de começar os sketches, traga na sua memória os protagonistas que já passaram pela sua vida, sejam eles de filmes, novelas ou desenhos animados. Apesar de haver inúmeras receitas de como criar um verdadeiro herói, a magia acontece quando você dá características marcantes, que dê uma personalidade para além do arquétipo. A partir da ideia de heróis que você conhece, comecemos a fazer experimentações. Como por exemplo, esse herói é de fato tão bonzinho assim?
Rey Skywalker por Phil Noto.
E para acrescentar mais drama a nossa história, criaremos então um antagonista. A figura do antagonista é fundamental para o desenvolvimento de uma história, criar um personagem antagônico muitas vezes traz sentido ao personagem principal, pois é o antagonista que trará o desafio, que irá se opor ao herói normalmente em questões ideológicas. O Antagonista é muitas vezes retratado como um vilão, e ele pode sim ser um maléfico vilão com proezas malignas, mas já pensou que as vezes ele pode ser alguém que só está fazendo seu trabalho e está do outro lado da moeda?
Hera Venenosa por Kevin Wada.
Passando da fase de ideias avançamos em direção às formas de um personagem. Abordando as três formas básicas, quadrados, círculos e triângulos. Estudos em relação a psicologia nos revela que certas formas causam determinadas sensações aos olhos humanos e assim através de combinações pensadas é possível potencializar o sentimento que um personagem transmite.
O quadrado por exemplo é uma figura de estabilidade, vista em ilustrações que transmitem seriedade e segurança. Os quadrados (e retângulos) são comumente vistos em prédios e construções.
Enquanto que o círculo, a forma básica e comum na natureza tem uma natureza mais fluída e amigável, o arredondamento de formas transmitem ideias de aconchego e acolhimento.
Por fim a última forma básica é o triângulo e as formas pontudas. Sua natureza é agressiva e perigosa, são figuras que aparentam que poderiam te machucar caso você encoste nela. Personagens agressivos são comumente retratados com arestas bem definidas!
Tendo esses conceitos em mente, propomos um exercício para os presentes! Recortamos formas inspiradas nessas básicas de maneira diversa em cores e tamanho, e assim o desafio era criar a silhueta de um personagem, uma ideia conceitual através da combinação de forma.
Trabalho desenvolvido por aluno durante a oficina.
Trabalho desenvolvido por aluno durante a oficina.
Técnicas como essas apesar de muito simples, são usadas principalmente em estúdios de animação durante a fase de concepção de personagem de forma a captar sua essência e partindo dessas formas ir esculpindo-as até obter-se um personagem pronto. E aqui vai um exercício para você:
Recorte algumas figuras geométricas em papel colorido, e monte um personagem numa folha, em outra redesenhe-o pensando nas características de ambiente e personalidade. Por fim imagine três situações cotidianas desse personagem e mãos à obra!
Por hoje é só, um grande abraço da equipe Bolsa Arte Moda!
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