Muito se engana quem olha pra estante de tintas da loja ou para o mostruário
da loja online e acha que a parte mais difícil da jornada de compras do artista é escolher quais paletas, tipos de tinta ou quais pincéis levar... A gente se encanta tanto com a variedade de cores e formas que às vezes acaba esquecendo o enorme desafio que é ... escolher o papel.
Basta se aventurar um pouquinho em técnicas molhadas que
você percebe que não dá pra viver naquele sulfite off-set, que apesar de ser
ótimo pro bolso nem sempre dá conta do recado. Determinadas técnicas, como o a aquarela e a
acrílica dependem muito mais do papel usado do que das tintas para um resultado
satisfatório.
A verdade é dura: não temos papel profissional disponível
nas lojas de Fortaleza. Se quisermos um papel de qualidade maior, teremos que
comprar pela internet, e aí, além do preço do papel, ainda vem frete, e mais
valor adicionado... E acima de qualquer coisa, bate aquela ansiedade: e se o
papel for ruim, e o investimento for por água à baixo? Pra te dar uma mãozinha
na hora de escolher, resolvemos então falar sobre nossas experiências com um
papel profissional maravilhoso: O papel van Gogh.
Esse produto fabricado pela Royal Talens, uma empresa holandesa,
sob a marca van Gogh, é um espetáculo, começando pelo nome. A brand nomeada
como o famoso pintor impressionista produz uma vasta linha de material
artístico, de pastéis olesos e secos, aquarelas, e claro, tintas acrílicas.
As configurações do papel são aquelas que já estamos
acostumadas: 24x32, um pouco maior que um papel A4 convencional, livre de
ácido, de gramatura 275 g/m³.
Apesar de parecer fininho – os papéis mais robustos que
estamos acostumados a usar são sempre acima de 300 g/m³! – o desempenho dele é
impressionante. A própria composição do papel o torna muito mais resistente que
um papel de aquarela universitário que estamos acostumados, e certamente, ele
suporta uma boa quantidade de água sem enrugar, como já testamos antes.
A textura do papel van Gogh é única, bastante parecida com a
da linha Montval da Canson, mas bem menos agressiva – o que significa que ela
ajuda a compor sua pintura sem interferir nela. A única coisa que deixa a
desejar no papel pra acrílica da Talens é a cor. Por ser de um nicho bem
específico, a brand não oferece muitas variações de cor, então, só o teremos
disponível na cor creme, num tom um pouco mais claro que de outras marcas
encontradas aqui no Brasil.
A técnica que usamos nesse croqui foi o empasto – usamos
espátulas de pintura para criar texturas sobre o papel, e é o meio mais
indicado pra esse tipo de papel – em conjunto com a acrílica da
Winsor&Newton (em breve daremos nosso veredicto sobre ela também!
Aguardem!)... e a combinação só podia dar sucesso! Usamos o lado não-texturizado
do papel, e a sensação é de que o papel “recebe” melhor a tinta, permitindo que
a manipulação com as espátulas seja mais delicada e até mais precisa.
A experiência comprova: vale a pena, pra trabalhos
profissionais, investir um pouco mais num papel mais caro.
Então fica de olho nas nossas redes sociais, que estaremos
sempre mostrando materiais bacanas pra vocês!
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