Semana passada tivemos uma oficina dedicada ao sonho/ostentação
de metade dos estudantes de moda e desenhistas amadores do mundo, os marcadores
à base de álcool. Estamos atualmente
trabalhando num masterpost só sobre a marca Copic, para mostrar pra vocês um
pouco desse mundo mágico e luxuoso que são os markers.
Mas antes, resolvemos falar um pouco sobre aquele produtinho
que todo mundo sonhou em ter quando era criança e com certeza é mais acessível que
os markers importados.
The Great Magic Color!
O lindo estojo de 36 cores da MC |
A Magic Color é uma linha brasileira de marcadores
permanentes de ponta de feltro que está no mercado desde 1962, fabricada pela
Tinta Mágica. Foi o primeiro produto da empresa e está rodando o mercado desde
então.
O maior atrativo do MC para além de ser a opção mais barata
é a relativa variedade dos produtos e a didática divisão dos kits em básicos e
intermediários de 6, 12, 24 e até 64 cores, estojos só de tons de cinza,
marcadores de ponta dupla...! É tentador ver aquele estojo saído direto dos nossos sonhos infantis, todo dourado, ergonômico,
colorido e por uma bagatela... Mas vá com calma. Já diziam nossos pais que
existem baratos que saem caro.
O primeiro e principal problema do Magic Color é a referência das cores.
Não confie na cor da tampinha. O propósito básico de uma tampa colorida é ter
uma referência da cor sem precisar riscar, correto? Mas na MC não funciona bem
assim, na verdade o sistema é bem contra intuitivo. No estojo de cinzas da
marca, já testado por nós, nenhuma das cores das tampas bate com o resultado no
papel. Nenhuma. E não é preciosismo; em alguns casos, a cor é absurdamente
diferente, com outra saturação e até outra temperatura! E isso não é um caso isolado, um lote defeituoso.
O caso se estende por toda a cartela de cores da marca, é uma característica do
produto.
O que um tom de marrom amagentado faz em um estojo de cinzas? |
Segundo: não use em qualquer papel. Convenhamos que nem
mesmo o melhor marker vai ter o
desempenho máximo em um papel ruim (Canson Marker, é com você mesmo!), mas o
Magic Color supera até as piores expectativas. O ponto de saturação dele é
mínimo. Em três camadas, dê adeus à transparência – conseguimos transparências
com até seis camadas de Copic ou Promarker – e se prepare para ver a tinta
vazar. Além de tudo, as camadas não se misturam bem. A tinta seca extremamente
rápido e as veladuras não ficam uniformes nem com a mão de Arturo Elena.
Terceiro: Magic Color não é recarregável, e as pontas de
feltro se desgastam, absorvem sujeira e entopem com facilidade.
Resumo da obra: Aquele estojo cheio de glamour e as canetas
douradas e fofas são tentadoras, mas não tão profissionais quanto diz a
embalagem. Não recomendamos Magic Color para uso profissional por que não é um
material confiável. O estojo de 12 cores básicas custa em torno de 40 reais e
com isso você compra uns três ou quatro marcadores de qualidade profissional e
não sente tanta frustração no fim do dia. Vai por nós. ;)
Agora é só aguardar, que em breve, “Tudo o que você precisa
saber sobre a Copic” tá chegando na área!
Até a próxima!
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