quinta-feira, 6 de outubro de 2016

REVIEW #5 - Magic Color







Semana passada tivemos uma oficina dedicada ao sonho/ostentação de metade dos estudantes de moda e desenhistas amadores do mundo, os marcadores à base de álcool.  Estamos atualmente trabalhando num masterpost só sobre a marca Copic, para mostrar pra vocês um pouco desse mundo mágico e luxuoso que são os markers.

Mas antes, resolvemos falar um pouco sobre aquele produtinho que todo mundo sonhou em ter quando era criança e com certeza é mais acessível que os markers importados.
The Great Magic Color!








O lindo estojo de  36 cores da MC



A Magic Color é uma linha brasileira de marcadores permanentes de ponta de feltro que está no mercado desde 1962, fabricada pela Tinta Mágica. Foi o primeiro produto da empresa e está rodando o mercado desde então.

O maior atrativo do MC para além de ser a opção mais barata é a relativa variedade dos produtos e a didática divisão dos kits em básicos e intermediários de 6, 12, 24 e até 64 cores, estojos só de tons de cinza, marcadores de ponta dupla...! É tentador ver aquele estojo saído direto dos nossos sonhos infantis, todo dourado, ergonômico, colorido e por uma bagatela... Mas vá com calma. Já diziam nossos pais que existem baratos que saem caro.



O primeiro e principal problema do Magic Color é a referência das cores. Não confie na cor da tampinha. O propósito básico de uma tampa colorida é ter uma referência da cor sem precisar riscar, correto? Mas na MC não funciona bem assim, na verdade o sistema é bem contra intuitivo. No estojo de cinzas da marca, já testado por nós, nenhuma das cores das tampas bate com o resultado no papel. Nenhuma. E não é preciosismo; em alguns casos, a cor é absurdamente diferente, com outra saturação e até outra temperatura!  E isso não é um caso isolado, um lote defeituoso. O caso se estende por toda a cartela de cores da marca, é uma característica do produto.

O que um tom de marrom amagentado faz em um estojo de cinzas?
Segundo: não use em qualquer papel. Convenhamos que nem mesmo o melhor marker vai ter o desempenho máximo em um papel ruim (Canson Marker, é com você mesmo!), mas o Magic Color supera até as piores expectativas. O ponto de saturação dele é mínimo. Em três camadas, dê adeus à transparência – conseguimos transparências com até seis camadas de Copic ou Promarker – e se prepare para ver a tinta vazar. Além de tudo, as camadas não se misturam bem. A tinta seca extremamente rápido e as veladuras não ficam uniformes nem com a mão de Arturo Elena.
Terceiro: Magic Color não é recarregável, e as pontas de feltro se desgastam, absorvem sujeira e entopem com facilidade.




Resumo da obra: Aquele estojo cheio de glamour e as canetas douradas e fofas são tentadoras, mas não tão profissionais quanto diz a embalagem. Não recomendamos Magic Color para uso profissional por que não é um material confiável. O estojo de 12 cores básicas custa em torno de 40 reais e com isso você compra uns três ou quatro marcadores de qualidade profissional e não sente tanta frustração no fim do dia. Vai por nós. ;)


Agora é só aguardar, que em breve, “Tudo o que você precisa saber sobre a Copic” tá chegando na área!
Até a próxima!




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